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Afinal, para que serve a Moda?

21 fev

Acho que nunca comentei aqui, mas escrevo uma coluna mensal sobre Moda em uma revista de São Lourenço, a YAIH. 😉

Sempre busco, para além da exposição de tendências, refletir um pouco sobre o assunto, e, este mês, resolvi pensar em qual é a importância da Moda na minha vida.

O texto é bastante pessoal, mas talvez vocês também encontrem identificações com a história… Então, aí vai:

“Dia desses fui entrevistada por uma blogueira, a qual me fez a seguinte pergunta: Qual é a grande lição que a Moda tem para dar, a teu ver?

Na hora, fiquei um pouco atordoada com a questão, pois a complexidade dela me parecia algo como “de onde vem os bebês?” para uma criança em “fase curiosa”. 😛

No entanto, no segundo seguinte, após pensar um pouquinho na relação que venho desenvolvendo com o assunto, respondi, sem hesitar: Para mim, o ensinamento da Moda é a capacidade incessante de transformação, seja pessoal, ou mesmo, nas sociedades.

Sei que os mais céticos responderão: Mas como algo tão fútil pode ter esse poder?

Começaremos pelo âmbito mais “simples”, digamos assim, o individual. Esta parte do texto pode parecer um pouco – ou bastante – piegas, mas acredite, o objetivo aqui não é escrever um monólogo de autoajuda, e sim, contar uma experiência vivida que pode, obviamente, ser distinta para cada pessoa.

Portanto, pega a pipoca e acompanha a historinha. 😀

Era uma vez, uma garotinha ruiva. Ela ia para a escola de meinha rosa e sandálias. Todo mundo achava aquilo MUITO estranho. Mesmo suas amigas não a apoiavam. Diziam: “Puxa, Garotinha, não dava para usar nada menos esquisito não?” Ela ficava magoada, e, durante algum tempo, só usava roupas “normais” – ou seja, a “tendência escolar” do momento.

Mas, de vez em quando, ainda tentava combinações consideradas bizarras, pois assim ela se sentia mais… Ela.

Ok, hoje em dia é bonito ser nerd, geek, freak; wathever, mas nos anos 90, usar óculos já te tornava um E.T. Imagine isso acompanhado de meinhas rosa-pink.

A garotinha cresceu, e, aos poucos, ela foi percebendo que aquilo fazia, de fato, parte da sua identidade.

Deixou de ser uma guria tímida – ou talvez, nunca tivesse sido de fato, ela apenas estava procurando e experimentando seus “Múltiplos Eus” – e deixou a vergonha de lado na hora de se vestir. Usava apenas o que queria, independentemente da vontade de mídia ou dos colegas.

Hoje, ela se sente bem consigo mesma. Foi um caminho MUITO duro, mas ela sabe da importância daquele fator “fútil” na construção e transformação do seu Eu. ♥

E ela ainda quer falar muito mais sobre isso. Mas, para não cansar muito os preciosos olhinhos d@s leitor@s, terá que ficar para a próxima…”

Beijocas, e um ótimo feriado!!!!! ♥

Imagens: We Heart It.